sábado, 12 de outubro de 2019

Maior IDH da América

Ilhas Cayman 


       As ilhas Cayman na América Central possui o maior IDH do continente  americano  0,983, sendo também o segundo maior Indicador no mundo, só atrás de outro território britânico, a ilha de Jersey no Canal da Mancha que possui um IDH de 0,985.


      Esta localizada na parte ocidental do Mar do Caribe, a cerca de 240 quilômetros ao sul de Cuba e a cerca de 290 km a noroeste da Jamaica. O arquipélago é composto principalmente por três ilhas: Grand Cayman, Cayman Brac e Little Cayman, sendo Grand Cayman a mais extensa com uma área de 197 km². As outras duas ilhas, Cayman Brac e Little Cayman, estão localizadas a 145 km a leste de Grand Cayman, têm uma área de 36 km² e 26 km², respectivamente.



 Como pode essa pequena ilha ser  tão rica assim? 

   Considerado um paraíso fiscal, a economia das Ilhas Cayman é uma das mais sólidas do Caribe. Das quase 40 mil empresas registradas na ilha, 600 são bancos, que movimentam US$ 500 bilhões em ativos. O turismo também é outra importante fonte de renda e destina-se a viajantes de alta renda, principalmente da área da América do Norte. 













sexta-feira, 4 de outubro de 2019

UM OLHAR PARA A PREVENÇÃO DAS DIFICULDADES DA ATENÇÃO

UM OLHAR  PARA A PREVENÇÃO DAS DIFICULDADES DA ATENÇÃO



adrianogeosantos





       A escola constantemente passa por desafios que são pertinentes ao processo da educação formal, pois ela  é fruto da sociedade, a reflete e por ela é refletida, se produz e se reproduz constantemente, sua importância como ambiente coletivo é inquestionável, tamanha é a preocupação de governos com estirpe autoritária tentando por todos os meios cercear a autonomia da escola e a prática pedagógica de professores. A escola é também um ente social para o aprimoramento do conhecimento humano e aperfeiçoamento das eficiências sociais, ela é parte integrante do tecido social, é o próprio tecido da sociedade, é um modelo de sociedade, é resultado das relações à qual pertence.
       Seus desafios são inúmeros, algo pertinente a todo ente social, como sendo o reflexo da sociedade,  a própria,  é desafiada a mostrar caminhos e respostas apuradas para satisfazer as reivindicações da comunidade da qual está inserida. Diante dos novos desafios aos quais é submetida, o ambiente escolar reflete as angustias nas faces e na personificação de  professores e estudantes. As novas tecnologias da informação e das mídias são representações de novas modalidades atencionais que despertam a atenção de diferentes públicos e ditam modelos de comportamentos dos mais diversos, por sua vez, o  modelo social baseado na família patriarcal, está em permanente crise, é alvo de fortes polêmicas e discussões, algo pertinente ao desenvolvimento de indivíduos e com reflexos no  desenvolvimento da aprendizagem.
       O processo da educação atual é o resultado da evolução desse tipo de sociedade,  que busca respostas aos modelos tradicionais vigentes e alternativas ou referências diante dessas constantes mudanças em diferentes segmentos sociais, sejam eles políticos, econômicos ou ambientais que são mostradas diariamente nos espaços locais e globais. Ao mesmo tempo que representa a sociedade e por ela é representada,  a escola é também o elemento estimulador das novas relações que ocorrerão nas esferas da sociedade,  mas ao mesmo tempo a escola recebe toda a carga que a própria sociedade despeja sobre as pessoas que fazem parte da escola. O desenvolvimento da escola sempre esteve a atender  os anseios econômicos vigentes e imediatos, seja para promoção dos indivíduos como mão de obra ou mesmo para controle de ideologias e controle político, a depender da história e das esferas  de políticas influenciadoras para o bem ou para o mal.
       A educação é representação da vida, é aquilo que não tem como se desassociar é parte integrante da plenitude da vida,  é a plenitude da própria existência. Nas diversas definições existentes,  é o processo pelo qual uma pessoa ou grupo de pessoas adquirem conhecimentos dos mais diversos com o objetivo de desenvolver sua capacidade e aptidões, além de conhecimento, adquire também hábitos e atitudes. O objetivo primordial da educação é dotar o ser de instrumentos culturais capazes de impulsionar as transformações materiais e espirituais exigidas não somente pela dinâmica da sociedade, mas sim pela evolução  da  e para a humanidade.
       Dentro desse contexto evolutivo a educação passou por uma esfera de transformações que nunca se sessarão porque justamente faz parte do ser coletivo, não obstante com a própria evolução e modificações que a sociedade passa, a educação vigente também será transformada e ao mesmo tempo que é a transformadora. É dessa forma que a educação será sempre questionada, como seus métodos, seu propósito e sobre os diferentes processos de aprendizagem.
     Nesse sentido a psicopedagogia se faz necessária como eixo norteador da educação e essencial como ciência da aprendizagem, comprometida com o individuo e com o sentido  coletivo da escola, com o despertar de novos horizontes que possibilitarão a ascensão de uma humanidade de fato humana.  

       É mais do que necessário formar sujeitos, aqueles autores do seu próprio destino, pessoas capazes de agir sobre o seu mundo, de torná-lo sustentável no caminhar da vida humana. Nesse sentido a escola, como ser social de grande relevância no equilíbrio do jogo social é a autora primordial para oportunizar espaços de subjetivação, ou seja,  promover a subjetivação, possibilitar o surgimento de sujeitos capazes de transformar sua realidade para o bem comum, o social. Nunca foi tão necessário como no momento atual produzir subjetividades.
       Os desafios são inúmeros, principalmente diante do período em que o mundo está permanentemente  conturbado pelos novos paradigmas da economia global,  não é por menos que os problemas que atinge a humanidade são ao mesmo tempo locais e globais, tem sua incidência sobre as pessoas e sobre todo o planeta, são vários os exemplos de perturbações sociais,  como é o caso do aquecimento global, resultado do processo de crescimento exorbitante da economia mundo, sobretudo dos países mais desenvolvidos em que suas atividades produtivas estavam, e estão, historicamente voltadas para o consumo de matéria-prima fossilizada, como o carvão mineral e o petróleo. Os avanços por sua vez do processo da economia capitalista, trouxe um aceleramento em escala planetária que desencadeou uma mundialização da esfera de modelos de produção e consumo, de certa forma muito singular ao seu tempo, nunca visto antes,  as diversificações do processo de inovações tecnológicas as quais estamos submetidos na atualidade. Tal esfera de modificações criaram e ao mesmo tempo estimularam o desenvolvimento de outros elementos relacionados ao próprio segmento de inovação como uma verdadeira roda gigante de interminável movimento. Na segunda metade do século XX, sobretudo após o advento da Segunda Guerra Mundial, o Capitalismo  vai tentar, e conseguirá,  se fortalecer para enfrentar modelos de propostas de organizações da sociedade contrárias ao modelo de domínio do capital e do lucro, após esse período, que cronologicamente pode ser  situado no início da década de 1990, o globalismo, etapa atual do Capitalismo, inicia o seu processo avassalador de domínio planetário, o que de fato amplia e  consolida nos quatro cantos do planeta, influenciado e direcionado por políticas neoliberais, doutrina utilizada como uma panaceia para as sociedade mais atrasadas, afim de dizimar as desigualdade e a dependência que historicamente foi submetida pelo próprio sistema de domínio capitalista, conduzido pelas potências mais hegemônicas.
       Historicamente a escola foi submetida e é fruto do ordenamento econômico vigente, ela é influenciada e determinada, pouco influi nas esferas do domínio econômico. O próprio desenvolvimento do Taylorismo e do Fordismo, modelos de racionalização da  produção e consumo em massa, foram utilizados como parâmetro de ordenamento de muitos estabelecimentos de ensino no mundo todo, e ainda estão presentes em vários modelos educacionais. As salas massificadas, enfileiradas, as avaliações em testes ou provas meramente quantitativas são heranças desses modelos produtivos que ganharam evidencia na esfera do global , sobretudo durante o século XX. A evolução da escola tecnicista, bancaria não é segredo, sempre esteve e está a serviço do sistema produtivo, não para o conhecimento do individuo, mais  sim para a massificação da informação com a finalidade de atender de imediato os interesses do jogo econômico vigente, a educação só interessa ao sistema para produzir em beneficio do próprio sistema. É o que Paulo Freire enfatiza sobre a “consciência bancaria” da educação.
O professor ainda é um ser superior que ensina a ignorantes. Isto forma uma consciência bancaria. O educando recebe passivamente os conhecimentos, tornando-se um depósito do educador. Educa-se para arquivar o que se deposita. Mas o curioso é que o arquivado é o próprio homem, que perde assim seu poder de criar, se faz menos homem, é uma peça. O destino do homem deve ser criar e transformar o mundo, sendo sujeito de sua ação. A consciência bancária “pensa que quanto mais se dá mais se sabe”. Mas a experiência revela que com este sistema só se formam indivíduos medíocres, porque não há estímulos para a criação. (FREIRE, 2014, p. 50)  

     Esse modelo de escola está em crise, mas ainda resiste, sobretudo nas escolas com ênfase no conteúdo, onde o fazer ensinar se limita meramente ao conteúdo em si, principalmente quantitativo, onde o maior número de conteúdos representa um modelo saudável, ou seja,  a relevância está na quantidade de informações repassadas ao longo do período escolar. A escola preocupada com provas quantitativas não evolui, não faz subjetividades, não cria sujeitos para o mundo, pode até certo ponto gerar e oportunizar pessoas capacitadas, mas para o mercado. Não formará, ou melhor não estimulará sujeitos planetários, criativos e capazes de conduzir sua própria história.
       Esse modelo de escola, é geradora de exclusão, ao mesmo tempo em que massifica em torno de um objetivo quantitativo ou um referencial avaliativo que mede apenas a quantidade do todo, tendo como referencial parâmetros avaliativos iguais sobre jovens de circunstâncias diferentes, essa escola será parâmetro apenas para excluir, de certa forma aqueles que não atendem os parâmetros tidos como normais, passam a ser os inúmeros jovens taxados como detentores de transtornos de aprendizagem, mas, não será esse modelo de educação detentor de um  grande transtorno?  De não se perceber, de não sentir e não olhar seu próprio papel?   Esse modelo, até certo ponto, presente e até predominante em muitos estabelecimentos de ensino na atualidade, impõe a submissão de todos aqueles envolvidos no ambiente escolar, a escola passa a ser o agente principal da exclusão, ela cria parâmetros de analises influenciados pelo modismo mediático do imediatismo, acaba gerando vítimas  e novos doentes impostos pelo sistema, cria-se as crianças com dificuldade de atenção.
       A escola que é reprodutora dos modelos do poder econômico vigente, vai reproduzindo desta forma, exclui para incluir as crianças taxadas como TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade), ou seja, o modelo escolar tradicional procura um problema para a solução e não o contrário, uma solução, ou soluções  para o problema.  Dessa maneira a escola se iguala ao modelo de pressão econômica, não consegue se libertar e passa a ser o principal referencial reprodutivo do próprio sistema, que talvez consciente ou inconscientemente tenta romper. Esse modelo de escola, passa a ser vítima e vitimiza alunos e professores. Não é por menos o grande desinteresse na carreira do magistério, tão preciosa e mais valorosa, moralmente, das profissões, que  historicamente não reconhecida da forma de valorização econômica. Tais evidências são percebidas na falta de profissionais na educação e a crescente carência de profissionais na carreira do magistério, por sua vez esse modelo de escola, fadada ao fracasso, é geradora de profissionais que recorrente adoecem em razão da profissão, como é a conhecida a síndrome de Burnout, inicialmente atribuída aos professores.
       É mais do que necessário romper esse segmento de escola do sistema, voltada para  reprodução de conteúdos, para isso a escola tem que se identificar como agente coletivo, de transformação e propulsora de novos  conhecimentos capazes de fazer criar, de emergir sujeitos planetários, sujeitos humanos de sentido e de desejo de humanidade, só assim será capaz de incluir, sem excluir. É necessário que a escola tenha um plano de conhecimento coletivo, o primeiro passo para isso é se identificar através da sua história como escola, quando a escola se percebe como ser historicamente construído, passa mais facilmente a conhecer seus possíveis problemas, por isso a importância do plano pedagógico voltado para exclusivamente aos elementos que estão diretamente voltados para a vida escolar, como os alunos e professores, esse plano coletivo escolar deve buscar uma autonomia própria, principalmente direcionado para a comunidade da qual está inserida a área geográfica da escola. Os atores que fazem parte desse processo devem saber os caminhos trilhados da escola até então, para justamente saber para onde pode se caminhar, como ser coletivo.
       No seu planejamento coletivo a escola deve incluir e ser geradora estratégica de espaços atencionais, de espaços geradores de atenção, não a atenção disciplinada, estanque, mas da atenção flutuante de estar presente de se fazer sentir. Quando a escola passa a ser o agente criador e criativo do seu espaço, ela torna-se motivadora de modalidades atencionais e integra e ameniza possíveis efeitos de desatenção que possam surgir em razão de outras modalidades atencionais ligadas aos processos tecnológicos que surgem.
       As novas tecnologias criam modelos de modalidades atencionais, as tecnologias presentes no meio técnico-científico-informacional, o meio da globalização da economia, mas também do modismo e do consumismo desenfreado que não iguala, que gera desigualdade econômica e social, mas que  propositalmente são capazes de seduzir jovens e adultos nessas modalidades atencionais, o advento da Internet, criou um novo mundo atencional, muito mais atrativo que a própria escola, as novas atenções como as redes sociais os jogos eletrônicos, são desafios para a escola, mais ainda para a escola  tradicional, mas não serão para a escola criadora de suas próprias modalidades atencionais.
       O prestar atenção, estar atento, são pertinentes a situação na qual o individuo está inserido. A capacidade de atenção requer muita dedicação para estar atento, para isso é necessário despertar os processos que desencadeiam a atenção, como o olhar, o escutar, o sentir, o brincar.    Estar atento é um fator importante para o desenvolvimento de muitas das atividades que fazem parte do nosso cotidiano, enfim, nossa vida. Para tudo o que fazemos necessitamos de atenção, nas simples atividades do dia a dia necessitamos ter e desenvolver a atenção, afinal para fazer bem feito, ela é essencial. Do simples ato de escovar os dentes, as atividades de recreações  e atividades profissionais, a atenção deve estar sempre presente.  Não tem como separar, à vida requer atenção, ela é vital.
       Atenção vem do termo latino attentioattendere, atenção é um substantivo feminino que significa uma concentração mental sobre algo específico, sendo sinônimo de concentração, cuidado, dedicação e zelo. No seu aspecto mais amplo a atenção se define pela  direção da consciência e estado  da mente para determinado evento/ objeto, para que ela ocorra são necessários alguns fatores básicos como os fisiológicos, a motivação e a concentração. Nesse aspecto despertar a atenção é um dos desafios da escola, a necessidade da criação e do desenvolvimento de atividade atencional e de espaços atencionais,  para  Fernandez, é importante o desenvolvimento dos espaços para promoção da atenção.
Assim como às modalidades de aprendizagem se constroem, em relação às modalidades de ensino dominantes, no meio familiar e social, as modalidades atencionais singulares se constroem  em correspondência com os modos de ser atendido e com os modos atencionais propostos e/ ou impostos pela sociedade. O pensar somente mantém-se ativo se for tramado com vínculos de outros, em espaços intersubjetivos nos quais a capacidade atencional nasce e nutre-se propiciando modalidades atencionais que caracterizam cada cultura. (FERNÁNDEZ, 2012, p. 121)

       A capacidade atencional é o ato da promoção dos fatores condicionantes para a atenção, como por exemplo, o olhar, escutar, brincar, distrair, o de criar,  alegria de estar, de fazer parte de se reconhecer como autor do seu crescimento, a alegria do ensinar, de estar de se fazer presente. A educação plena e consciente deve buscar de maneira constante no ato educativo o despertar da capacidade atencional do individuo, para isso o pensar pedagógico deve estrategicamente refletir sobre as modalidades atencionais, para justamente envolver o educando e torna-lo criador do seu próprio ato de aprendizagem.
       O ato educativo deve propiciar o estímulo, a alternância e a diversificação, se possível, dos diferentes fatores desencadeantes da atenção, como por exemplo,  a capacidade de olhar, o olhar para si, para se perceber como ser existencial. A capacidade de desenvolver o olhar, não apenas com os olhos, mas com todos os sentidos. É como olhar as paisagens, para compreende-las e perceber o sentido delas, é necessário fechar os olhos  para ver além das paisagens.
       Em uma atividade de observação da paisagem que pode ser proposta de em diferentes disciplinas escolares, como a prática da observação da paisagem, descrever aquilo que vê, não apenas com os olhos, mas com todos os sentidos. A criança observa e cria sua própria história, como pode ser analisada, nesse pequeno texto de uma criança de onze anos, após uma aula prática de observação da paisagem, no primeiro ato ela apenas identifica e enumera os elementos observados, como por exemplo, a rua, os paralelepípedos, as árvores, os pássaros, o lago. Em seguida ela cria a história, se torna parte do aprendizado, a própria autora.
Letícia vinha caminhando por vários lugares de Joinville e observando algumas paisagens que chamava a atenção, mas mesmo assim não tinha parado para observar a paisagem e continuou andando. Até que chegou em um local que sua prima disse para Letícia ir até lá. Avistou sua prima parada olhando uma paisagem e decidiu ir até lá, viu que lá possuía muitas árvores e outros tipos de vegetações, contornando em forma de meia lua um grande espaço. Sendo que no meio da vegetação havia um lago, no meio do lago havia uma pequena vegetação, sendo que entre a vegetação e o lago tinha uma pequena estrada de pedrinha. Relato de estudante em uma aula de Geografia, sobre o tema conceitual de paisagem. (Atividade escolar da disciplina de Geografia, 6ºano. Ensino Fundamental)
  
       Nesse exemplo de atividade o professor e os estudantes estão envolvidos em um espaço de atenção, de promoção  atencional em que a paisagem passou a ser uma modalidade atencional. Nesse sentido, o ato pedagógico se transforma em espaço de autoria, o fazer para aprender, quando o eu faço o eu aprendo, o eu, se torna sujeito, se reconhece como criador e se percebe como importante no instante em que ocorre o ato de aprendizagem. Nesse pequeno exemplo são geradas  outras capacidades de atenção, como alegria, alegria de estar presente em um local, de ser o criador, de ser  sujeito, aquele que realiza e é o agente principal da sua transformação,  criador de um mundo imaginário a partir do local observado, além da alegria do criar, do brincar com a sua história e de se distrair criativamente na sua invenção, de se sentir autor e sujeito da realização.
       A escola e professores devem estar voltados para uma pedagogia emancipadora, autônoma e comprometida com as necessidades dos atores que fazem à vida da própria escola, esse tipo de escola contribui para reduzir ou quem sabe eliminar os casos de exclusão e repetição escolar. A pedagogia da escola deve servir a esse grande propósito que é o de torná-la plena no seu campo de atuação. O projeto pedagógico dele incluir uma preparação para a vida, deve se discutir seriamente o sentido da existência e da importância do ser coletivo, o ser social. Só assim a escola ajudará a reduzir as mazelas que atingi as sociedades contemporâneas e são refletidas nas diferentes questões  sociais na atualidade, como a violência, a fome, as desigualdades e as perdas dos direitos sociais e principalmente na violação dos direitos básicos da vida, provocada pelo jogo do poder político sob influencias de doutrinas neoliberais.
       No projeto pedagógico deve incluir o amor pelo educar, de dar valor ao simples ato da vida, é o que afirma Freire.
Não há educação sem amor. O amor implica luta contra o egoísmo. Quem não é capaz de amar os seres inacabados não pode educar. Não há educação imposta, como não há amor imposto. Quem não ama não compreende o próximo, não o respeita. Não há educação do medo. Nada se pode temer da educação quando se ama. (FREIRE, 2014, p. 36)
       Só amor pela educação, pelo sentido da importância da educação libertará o homem, o tornará livre, nesse sentido a educação se torna plena e contribui para eliminar a exclusão e possibilitar a autonomia do ser. O professor que ensina com amor consegue acolher mais e com mais eficiência, o professor que com o amor mostrar a importância da educação para o acolhimento  e para a evolução da sociedade, despertará também nos estudantes o compartilhamento da importância da educação como amor.  Juntamente com o amor, a alegria  do ato educativo é outro instrumento relevante a fim de incluir, de pertencer ao um grupo, a alegria de construir, de ser autor  e contribuir para a comunhão do crescer como membro integrante de uma sociedade que pode sim fazer a diferença para um mundo mais justo e de todos para todos. 
        A promoção dos espaços atencionais pode representar uma essencial alternativa ao modelo de educação vigente.  Nesse sentido a psicopedagogia passa a ter um papel decisivo dentro do processo de ensino aprendizagem, é o eixo norteador e de orientação entre os profissionais que atuam diretamente no ambiente de ensino. A  busca de uma educação que possa  dar autonomia ao sujeito e que possibilite um apoio aos professores na atuação escolar, que desenvolva capacidades atencionais afim de reduzir e evitar processos de exclusão.
       O desejo de uma educação aprimorada e comprometida com o ser, com o individuo é uma educação cada vez mais coletiva, o desejo pelo constante aperfeiçoamento pode e deve caminhar junto para suprimir as exclusões que muita das vezes estão na rotina do trabalho escolar.
       Que a educação desenvolva  o despertar de uma nova ciência, de uma ciência  capaz e ao mesmo tempo:  comprometida com o aprimoramento da humanidade e com o crescimento intelectual do indivíduo.   
      Para isso, o ambiente escolar deve ser encarrado com o espaço de vivência da escola, ele  deve ser tratado como o meio capaz de contribuir para a emancipação do educando, o grupo escolar ter autonomia para criar e desenvolver espaços atencionais. Espaços  que ajudarão na construção da autoria, do fazer para aprender, a escola deve ser estimuladora das modalidades atencionais, cria-las afim de estimular a atenção flutuante, ao mesmo tempo que criar, a escola necessita conciliar sua criação de modalidades e as modalidades atencionais existentes, para não alienar e sim entender que o todo contribui para o crescimento do individuo.
       Por sua vez as modalidades atencionais serão promovidas pelos fatores que desencadeiam a atenção, esses fatores devem ser os norteadores  para a criação das modalidades de atenção, afim de dar capacidade atencional. De forma inteligente o pensar na educação presume a capacidade de desenvolver e incrementar esses fatores, tais como, desenvolver o ato de escutar, de olhar, de brincar, de se distrair, de autoria, da alegria e do ato de se fazer com amor.

          REFERÊNCIAS

FERNÁNDEZ, Alícia. A atenção aprisionada: Psicopedagogia da capacidade     
atencional. Porto Alegre: Penso, 2012.
FREIRE, Paulo. Educação e mudança. 36ª edição. São Paulo: Paz e Terra, 2014.

adriageosantos


domingo, 11 de agosto de 2019

Um dia te procurei







Vaguei na imensidão dos desertos

 Com o desejo de te encontrar.

Nas montanhas e nos planaltos do Sul 

Te procurei e não te encontrei

 Percorri as estradas menos percorridas dos extremos da Terra 

E também não a encontrei

Nas estrelas, na imensidão do espaço 

Vaguei solitário no desejo de te encontrar

Fui além, para dentro da minha existência

Para dentro dos meus pensamentos

 E, nos momentos dos meus sonhos

 A encontrei





por Adriano João Santos

sábado, 27 de julho de 2019

Viagem alucinante

 Nossa espaçonave é formidável
Viajamos e viajamos

 fantástica velocidade
Um mil e setecentos quilômetros por hora
Cento e sete mil quilômetros por hora
Um milhão de quilômetros por hora


A nossa espaçonave parece ser bem grande, mas é só aparência
Na verdade ela é bem pequena, bem pequenina
Tem um tanto de água, um tanto de terra e um tanto de ar

É  muito pequena mesmo
É uma espaçonave Terra

Muita gente entrou, muita gente saiu
Tem tanta gente de vários lugares da Terra pequena

Tem muita gente que não se dá conta que está na Terra
Nem sabe de que terra é,  muito menos se da Terra é

Tem gente que gosta da viagem outros se entristecem
Tem gente que não quer que a viagem termine
Quer ir sempre mais e mais, são os formidáveis
Mas há entre os formidáveis àqueles que vão embora antes que a viagem termine

E têm muitos que querem pular da espaçonave, ignoram a viagem

 A viagem não termina, os passageiros se mudam.

Nunca terminará a viagem

Outros passageiros em outra espaçonave sim

Entra passageiro, sai passageiro, troca e troca tudo, tudo será trocado, mas a viagem não termina

É uma viagem alucinante 
Pra onde será? 

por Adriano J. Santos




Mal-educado




Eu sou mau
Também sou do mal 

Não fui criado em um ambiente mau
Fui bem criado, mas sou malcriado. 

Não fui mal criado e não sou mal criado.
Mas em alguns momentos sou malcriado. 

Por ser do mal, só propago o mal, 
Mas o malquerer me quer bem e o benquerer me quer mal. 

Mas por tudo não sou mal-educado. 


por Adriano J. Santos



domingo, 16 de junho de 2019

Não é nosso

Ao planeta não temos o direito
Não é nosso.

Não nascemos para ficar na Terra,
somos criaturas de outros espaços, ou do espaço?

Estamos no início, muito no início de nossa própria história.

Somos na atualidade um conjunto de várias sociedades, múltiplas, desiguais.
Um  dia seremos única, um mesmo conjunto de seres esplendidos.

A partir daí entraremos na história humana.  

terça-feira, 28 de maio de 2019

Vinhedos de Mendoza


Vinícola Santa Julia


Girassol


Na solidão


Na solidão te espero
Pensando um dia te encontrar, talvez um dia te amar

Vá solidão, vá solidão

Talvez um dia, em um instante poderei  te encontrar

Só para amar
Só para amar

Vaguei na imensidão do deserto com o desejo de te encontrar
Nas montanhas e  nas planícies do Sul  te procurei e não te encontrei
Percorri as estradas menos percorridas dos extremos da Terra e também não a encontrei

Nas estrelas, na imensidão do espaço vaguei solitário no desejo de te encontrar
Fui além, para dentro dos meus pensamentos e nos momentos dos meus sonhos em busca de você

Vai solidão, vai solidão
Talvez um dia vou te encontrar.








domingo, 26 de maio de 2019

Neste instante


Neste instante do dia 26 de Maio
Neste instante já são 8:12 
Neste instante já  vejo que são 21: 12 em Sydnei
Neste instante ainda em Akamaru 02: 12. 
Neste instante a Lua na sua fase minguante 
Neste instante ela está a 405 mil km de distância
Neste instante a Terra vaga a uma velocidade de 109 mil km/h
Neste instante vou tomar café
Neste instante publiquei...

segunda-feira, 6 de maio de 2019

Vicunha


Kinkan


Admiração





 Como adoro te ver. 
Olhar nos olhos
Seus olhos negros brilham

Você é um anjo
Um anjo verdadeiro
Um verdadeiro anjo

Seu semblante transmite tranquilidade
Seu sorriso é doce
Assim como o mel

Você caminha como num balé
És suave, deslumbrante

Como adoro te ver. 
Quando seu espírito está próximo, vejo todo o universo
É fascinante a velocidade com que os pensamentos viajam

A  felicidade de um pequeno toque, de um abraço amigo e a
alegria de conviver contigo é contagiante. 

O encontro


     


        Anteriormente, astrônomos acreditavam que a explosão faria com que o nosso sistema ficaria parecido com uma nebulosa após a explosão, recheada de gases e poeira, e novas evidências sugerem que a coisa será ainda mais massiva do que se imaginava.
        
       De acordo com o que a equipe apurou, o Sol, que já tem cerca de 4,6 bilhões de anos de idade, deverá chegar ao fim de sua vida daqui a cerca de 10 bilhões de anos. Mas, muito antes disso, mai ou menos dentro de 5 bilhões de anos, a estrela se tornará uma gigante vermelha, à medida em que seu núcleo se encolhe, enquanto suas camadas externas se expandem para além da órbita de Marte, "devorando" tudo o que estiver pela frente.
Mas, por mais trágico que isso possa parecer, nós, humanos, não precisamos entrar em estado de alerta: é que nós certamente não estaremos mais por aqui para presenciar o apocalipse da Terra causado pelo Sol. Estima-se que temos "somente" um bilhão de anos de habitabilidade em nosso planeta, uma vez que o brilho do astro aumenta em cerca de 10% a cada bilhão de anos. Sendo assim, é inevitável que busquemos outras moradas no espaço, se quisermos continuar existindo enquanto espécie.

       E se engana quem pensa que 10% é pouca coisa. O aumento do brilho (e, consequentemente, do calor) do Sol causará a evaporação de nossos oceanos, e a superfície da Terra se tornará tão quente que será impossível que a água se forme por aqui.

       A equipe de astrônomos usou um modelo computacional para confirmar que, assim como acontece com a maioria das estrelas similares do universo, nosso Sol virará, sim, uma gigante vermelha em sua expansão, até que comece a encolher e se transforme em uma anã-branca, antes de, em seu estágio final, restar apenas a tal nebulosa já prevista. Nebulosas do tipo são bastante comuns em nosso universo, incluindo as famosas nebulosas de Hélice, Olho de Gato e do Anel.


Nature Astronomy.


Sol

Enigmático


É menor que o mundo, o menor dos mundos. 
É solitário, vaga na imensidão do cosmo.
Ninguém vê, ninguém. Nem um sinal, é tudo vago. 
Sinais e gritos em busca de respostas e nada,  nenhuma pequena manifestação.

O tempo corre, corre mais depressa que o tempo da luz, vai chegar.
Sua hora vai chegar, já sabemos.

Não há nada o que fazer? 
Quem sabe? 
Você, minha pequena Eva?

Nosso tempo está próximo! Muito próximo.

Muito mais que o infinito. 



quinta-feira, 2 de maio de 2019

Coisa estranha


E de repente você desapareceu




Angústia repentina vai surgindo, momentos de tristeza. 


    Não deixarei partir, meu coração e meus pensamentos estão com você.


  Amor maior que o mundo, puro, ingênuo diante da vida. 



 Juventude desafiadora, aventureira e enigmática. 


            Unir tempos diferentes é possível?

             
Luz, talvez só na velocidade da luz ou no interior de um buraco negro. 
Lutarei para estar aqui perto de você, como num momento interestelar.

Intuitivo, há uma capacidade de ser possível diante das possibilidades do universo. 

Amplo diante das possibilidades da vida, talvez seja isso mesmo um dos segredos do universo, suas múltiplas variantes de possibilidades, tudo é possível, tudo é relativo.
                    
Seja por isso a razão de estarmos aqui, a razão de aprender e saber amar. 

               
           








domingo, 28 de abril de 2019

Você é minha angústia



Que passos tomarei na vida? 

O que farei diante da vida sem sua presença?

Por que você me chama? 

Por que você  me chama tanta atenção? 

Por que você me tortura? 
Você atormenta meus pensamentos.

Que momentos delicados, que sufoco, são instantes de angústias. 

Você está me desequilibrando, estou desesperado. 

Sou no momento um tornado sem direção.
Tem os tornados direções? 

Para onde vou não sei. 
Para onde vai não sabemos. 

Gosto de te ver. Nos meus olhos seu sorriso. 
Suas expressões na minha mente.

As alegrias no instante  em que estou perto de você. 



terça-feira, 23 de abril de 2019

Questão agrária

Agricultura 


Atualmente o Brasil mostra-se como um país urbano e industrial. Mas, até as primeiras décadas do século XX o Brasil era tipicamente agro-exportador e na década de 1960, a maioria de sua população ainda residia no campo. 

Importância da agricultura 

Histórica (ciclos da cana, cacau, café); 
emprega 1/3 da mão-de-obra; 
representa 20% da exportação; 
fornecimento de alimentos e matérias-primas e commodities . 

Problemas da agricultura 

Sub-aproveitamento do espaço agrícola: 73% matas e terras não-aproveitadas, 20% pastagens e 7% lavouras; 
estrutura fundiária deficiente; 
baixa produtividade; 
uso inadequado ou insuficiente de adubos químicos e defensivos; 
métodos antigos de produção; 
escassez de pesquisas; 
baixa renda e instrução do trabalhador rural; 
dificuldades de armazenamento, transporte e comercialização. 

Fatores naturais 

clima; 
solo (pedologia); 
relevo; 
hidrografia. 


S o l o 

Solo é a camada superficial da litosfera, onde vivem e de onde se nutrem os vegetais. Não confundi-lo com chão, simplesmente. O solo é formado de rocha decomposta, onde se instalou vida microbiana, que aí realiza uma série de transformações físico-químicas, criando condições favoráveis à nutrição e desenvolvimento das plantas. Seu processo de formação (pedogênese) é lento e complexo dependendo da natureza da rocha matriz, do clima e da matéria orgânica em presença. Em espessuras que vão de alguns centímetros até 20 a 30 metros, o solo parece ter vida, possuindo um verdadeiro ciclo evolutivo: há solos jovens, maduros e senis. Uma vez degradada, exaurida ou simplesmente erodida, a camada de solo dificilmente se recompõe para retornar à fertilidade anterior. A ciência ainda não dispõe de meios para “criar” solos economicamente em substituição ao que se perdeu; daí ser preocupação universal, hoje em dia, mantê-lo “vivo”, antes que atinja uma degradação irreversível e irrecuperável. 




Tipos de solos 

Os principais tipos de solos do Brasil são: 

Massapê: solo escuro e resultante da decomposição do gnaisse e do calcário. Tem elevada fertilidade natural e é encontrado principalmente na Zona da Mata nordestina, onde, desde o período colonial, é utilizado para o plantio da cana-de-açúcar. 

Terra roxa: solo castanho-avermelhado e resultante da decomposição do basalto (rocha vulcânica). É um solo também de elevada fertilidade, encontrado no planalto meridional e utilizado para diversos cultivos, destacando-se o café. 

Problemas dos solos: 
erosão e esgotamento; 
laterização; 
lixiviação; 
contaminação; 
queimadas 

Combate aos problemas dos solos: 
rotação de solos e culturas; 
correto uso de adubos e venenos; 
terraceamento e curvas de nível; 
reflorestamento. 

Sistemas de produção agrícola 

Sistema Intensivo 
pequenas propriedades 
rotação de culturas 
fertilizantes 
mecanização 
alto rendimento 
mão-de-obra abundante 
seleção de sementes e espécies 

Sistema Extensivo 
esgotamento dos solos 
rotação de solos 
pequeno rendimento 
mão-de-obra escassa 
grande área 



Plantation 
grandes estabelecimentos 
monocultura 
mão-de-obra numerosa e barata 
agricultura tropical 
cultivos destinados à exportação 
aproveitamento agroindustrial da produção 

Itinerante ou roça tropical 
também chamado de coivara 
pouca tecnologia  
usa da queimada  
abandono do solo quando ocorre a redução da produtividade 
visa subsistência  

Subsistência  
visa a alimentação do agricultor e de sua família com a venda de eventual excedente.  


Exploração da Terra 

direta: o uso da terra é realizado pelo proprietário 

indireta: quando a produção é realizada por arrendatários, parceiros e meeiros. 



Tipos de Culturas 

Permanentes: quando a planta oferece várias colheitas, caso do café, laranja, maçã.  

Temporárias: quando a planta proporciona uma colheita apenas, o arroz, a aveia e o trigo são exemplos.  

Tropicais: plantas (ou culturas) naturalmente adaptadas aos ambientes quentes e úmidos. A cana-de-açúcar e o cacau são bons exemplos.  

Temperadas: plantas (ou culturas) naturalmente adaptadas aos ambientas mais frios, como a aveia, a soja e o trigo.  


 
Fonte: Revista Veja, 30.04.2003 – pág. 107 


Principais Produtos Agrícolas 

Arroz: o Brasil é 6o maior produtor mundial. Há no País duas variedades principais: o arroz de várzea ou irrigado, cultivado nos vales fluviais, oferecendo rendimento maior; e o arroz de sequeiro, que depende das chuvas.  
O Rio Grande do Sul responde por 55% da produção nacional, seguido por Minas Geria e Maranhão.  

Algodão: empregado na industrialização de tecidos e alimentos (óleo), a comercialização da produção é controlada por grandes empresas e cooperativas.  
No Brasil são plantados dois tipos de algodão: o arbóreo ou de fibra (principalmente no Nordeste); e o herbáceo ou de caroço (notadamente no Centro-Sul).  
Os maiores produtores são: Paraná, São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Ceará e Minas Gerais. O País ocupa a 9o posição na produção algodoeira mundial.  

Cacau: o Brasil é grande produtor ao lado da Costa do Marfim, Gana e Indonésia. O cacau destina-se a fabricação de chocolates, licores, produtos farmacêuticos e cosméticos.  
Grande parte da produção brasileira (que é realizada em 90% no estado da Bahia) é exportada para a União Européia, EUA, Japão e MERCOSUL.  

Café: o Brasil ainda é o primeiro produtor mundial de café, fornecendo aproximadamente 20% de todo o consumo mundial (na década de 1930 – auge do Ciclo do Café – o país fornecia 70% do café mundial). Outros grandes produtores mundiais são: México, Costa do Marfim e Colômbia.   
São destaques na produção de café no Brasil: Minas Gerais (50%), Espírito Santo, Paraná e São Paulo. Novos cafezais se expandem para Bahia e Rondônia.  

Cana-de-açúcar: além da produção de açúcar a cana serve para obtenção de álcool e cachaça. 
Introduzida pelos colonizadores portugueses, a cana que foi no Nordeste um importante ciclo economia. Na atualidade os maiores canaviais localizam-se no estado de São Paulo (60%), sendo também significativa a produção de Alagoas, Minas Gerais, Pernambuco e Paraná.  
O Brasil é maior produtor mundial de cana-de-açúcar. 

Laranja: o Brasil é o maior produtor mundial e os maiores laranjais estão em São Paulo (80%). O produto é significativo para as exportações, sendo exportado sob forma de suco.  
 
Os bóias-frias constituem a maior parte da mão-de-obra  
empregada no corte da cana-de-açúcar.  

Milho: é empregado na alimentação humana e do gado. O Brasil ocupa a 4a posição mundial na produção e importa grande quantidade do produto.  
As maiores plantações estão no Paraná (25%), Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina.  

Soja: o uso da soja cresceu a partir da década de 1940, com a substituição da gordura animal pela vegetal no hábito alimentar de boa parte da população mundial. Atualmente o Brasil é o 2o produtor mundial, existindo grandes plantações no Paraná, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. As lavouras crescem na “nova fronteira agrícola”.  

 
As lavouras comerciais são modernas e visam  
em maior parte o mercado externo.  

Trigo: o Brasil importa 25% do trigo consumido. As maiores plantações estão no Paraná (63%), Rio Grande do Sul e Minas Gerais.  


Outros produtos: frutas (pêssego, tangerina, maçã, goiaba), feijão, pimenta-do-reino, mandioca, uva, fumo.  


Revolução Verde 
Modelo apresentado por grandes corporações multinacionais na década de 1960 aos países subdesenvolvidos. Visava o aumento da produção de alimentos com o uso intensivo de insumos químicos, sementes melhoras e mecanização das lavouras. Este modelo além de endividar muitas nações foi e é responsável por danos ao meio ambiente.  

Agricultura Orgânica 
Modelo que procura desenvolver a agricultura sem o uso de agrotóxicos, com a intenção de proteger o meio ambiente, produzir alimentos mais nutritivos e evitar intoxicações de agricultores e consumidores.